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Textura de mármore
Foto do escritoriamfromsouthamerica

As Mulheres De Minha Casa - Marcia Mendieta Estenssoro

La mujeres de mi casa, poema da poeta boliviana Marcia Mendieta Estenssoro.



Las Mujeres de Mi Casa

As Mulheres de Minha Casa

Las mujeres de mi casa

se visten de risas certeras:

 antídoto sutil

para sobrellevar el calor de los días de verano.


Su risa las lastima

cuando olvidan sacar de la alacena

los deseos baldíos

los frascos de amargos brebajes

la lluvia punzante del invierno

y las heridas cosidas con sal.


Las mujeres de mi casa

pronuncian idiomas cercanos

con ritmos distintos.


Defienden su fe

con fe

y ahuyentan sus miedos 

con miedo.


Las mujeres de mi casa

se creen inmortales

porque han descubierto 

la receta para andar livianas

aun cuando cargan con añejas memorias

en bolsas de viaje.


Se reconocen poderosas 

por esa extraña costumbre

de hacer temblar la casa 

y en instantes 

volverla a construir.

As mulheres da minha casa

vestem-se de risos certeiros:

antídoto sutil

para suportar o calor dos dias de verão.


O riso as fere

quando esquecem de tirar do armário

os desejos vazios

os frascos de amargas poções

a chuva aguda do inverno

e as feridas costuradas com sal.


As mulheres da minha casa

pronunciam idiomas próximos

com ritmos distintos.


Defendem sua fé

com fé

e afugentam seus medos

com medo.


As mulheres da minha casa

acreditam ser imortais

porque descobriram

a receita para andar leves

mesmo carregando memórias antigas

em bolsas de viagem.


Reconhecem-se poderosas

por esse estranho costume

de fazer tremer a casa

e em instantes

reconstruí-la.


Obs.: Tradução para o Português por Gladys Mendía, disponível na Revista Acrobata (https://revistaacrobata.com.br/elys-regina/atlas-lirico-da-america-hispanica/3-poemas-de-marcia-mendieta-estenssoro-bolivia-1992/). Acessada em Março de 2024.

 
Marcia Mendieta, Escritora Boliviana, poetas sulamericanas, sudamericanas
Sobre a Poetisa

Marcia Mendieta Estenssoro (1992) é uma escritora e poetisa boliviana. Nasceu em Santa Cruz de La Sierra. Ela é graduada em Escrita Criativa e faz parte da Oficina de Poesía "Llamarada Verde". Lançou 3 poemários: La casa que nos habita (2017), qué más queda cuando (2022), El cuerpo es una válvula de destrucción (2019).

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